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Fortaleza, 19 de abril de 2008
Fiquei esses dias pensando sobre o que dizer a Lucas e a Marcionília hoje, dia em que celebram a decisão de
prosseguirem reinventando a vida juntos, como amigos, amantes, companheiros, marido e mulher... Como casamento sempre evoca amor... vou falar um pouquinho sobre amor. Mas vou falar do amor entre pais e filhos. Entre mãe e filho, no caso.
De todos os amores experimentados na minha existência, o que mais me comove é o amor que sinto pelos meus filhos. E foi com Lucas que tive o privilégio de experimentar pela primeira vez esse amor. Dizem que é um amor especial porque é imediato e incondicional, mas eu não concordo com isto. Na verdade, o amor materno é um amor difícil e cheio de expectativas como todos os outros, mas é diferente dos outros porque a relação mãe e filho é uma relação mais definitiva. Não tem ex-mãe ou ex-filho. O que pode ter é mãe carinhosa, generosa, mesquinha, presente, ausente, chata, agradável e assim por diante. Eu digo que é um amor difícil porque se mistura com deveres, obrigações, projeções, cobranças... Mas é um amor que dura a vida inteira e se transforma o tempo todo.
Primeiro, somos nós, mães, que damos o leite, o carinho, a atenção, o cuidado... e os nossos medos e inseguranças também. E eles nos premiam com seus sorrisos, primeiras palavras, primeiros passos, primeiros sustos. Me lembro de duas coisas que eu curtia demais nessa aventura de ser mãe: amamentar e ler historinhas... E, por incrível que pareça, também gostava de lavar fraldas. Quer dizer, não é exatamente que eu gostava... Mas quando tinha que lavar fralda eu me envolvia completamente nessa tarefa... e até hoje me lembro do cheiro gostoso das fraldas limpinhas, voando na direção do meu rosto enquanto eu as pendurava no varal... Aí os filhos vão crescendo... E vão crescendo tão rápido que leva um tempo até nos acostumarmos que cresceram, que são grandes, adultos e que fazem as suas próprias escolhas.
Eu acho que faz pelo menos uns 8 anos que o Lucas me diz que já é grande... e eu finjo que não vejo ou não escuto... Ele me deu muitas provas da sua maturidade, independência e responsabilidade, mas eu acho que só fui mesmo prestar atenção nisso tudo quando ele virou viajante, no ano passado. Acho que foi através das suas crônicas de viagem no blog quixotesemrumo que finalmente me dei conta de que ele havia crescido e agora não apenas era um homem, era também sábio, poeta, corajoso, aventureiro... As vezes eu ficava até meio insegura e pensava: e agora? Como será que é ser mãe de um filho com tantas qualidades? Pois é, mãe e filho se transformam e continuam sendo mãe e filho... Talvez, ao contrário dos tempos de infância, os filhos vão cada vez mais ensinando aos pais. Ensinando tudo: a ser pai, mãe, amigo... e também oferecendo outras formas de enxergar o mundo.
Aí chega também a hora em que os filhos querem a sua própria vida, o seu próprio lugar. Eu preciso dizer que vou sentir muita saudade do Lucas se acordando cedinho e indo cuidar da sua horta, do seu roçado, das suas galinhas. Vou sentir muita saudade da sua ironia carinhosa, da sua chatice, da sua segurança de si... Mas preciso também dizer que estou muito feliz que ele esteja casando com a Marcionília... E eu poderia começar tudo de novo apenas para falar do meu carinho, do meu amor pela Marcionília, mas acho que é suficiente dizer que me sinto tranquila em lhe dar a mão do Lucas em casamento.

Fiquei esses dias pensando sobre o que dizer a Lucas e a Marcionília hoje, dia em que celebram a decisão de
prosseguirem reinventando a vida juntos, como amigos, amantes, companheiros, marido e mulher... Como casamento sempre evoca amor... vou falar um pouquinho sobre amor. Mas vou falar do amor entre pais e filhos. Entre mãe e filho, no caso.
De todos os amores experimentados na minha existência, o que mais me comove é o amor que sinto pelos meus filhos. E foi com Lucas que tive o privilégio de experimentar pela primeira vez esse amor. Dizem que é um amor especial porque é imediato e incondicional, mas eu não concordo com isto. Na verdade, o amor materno é um amor difícil e cheio de expectativas como todos os outros, mas é diferente dos outros porque a relação mãe e filho é uma relação mais definitiva. Não tem ex-mãe ou ex-filho. O que pode ter é mãe carinhosa, generosa, mesquinha, presente, ausente, chata, agradável e assim por diante. Eu digo que é um amor difícil porque se mistura com deveres, obrigações, projeções, cobranças... Mas é um amor que dura a vida inteira e se transforma o tempo todo.
Primeiro, somos nós, mães, que damos o leite, o carinho, a atenção, o cuidado... e os nossos medos e inseguranças também. E eles nos premiam com seus sorrisos, primeiras palavras, primeiros passos, primeiros sustos. Me lembro de duas coisas que eu curtia demais nessa aventura de ser mãe: amamentar e ler historinhas... E, por incrível que pareça, também gostava de lavar fraldas. Quer dizer, não é exatamente que eu gostava... Mas quando tinha que lavar fralda eu me envolvia completamente nessa tarefa... e até hoje me lembro do cheiro gostoso das fraldas limpinhas, voando na direção do meu rosto enquanto eu as pendurava no varal... Aí os filhos vão crescendo... E vão crescendo tão rápido que leva um tempo até nos acostumarmos que cresceram, que são grandes, adultos e que fazem as suas próprias escolhas.
Eu acho que faz pelo menos uns 8 anos que o Lucas me diz que já é grande... e eu finjo que não vejo ou não escuto... Ele me deu muitas provas da sua maturidade, independência e responsabilidade, mas eu acho que só fui mesmo prestar atenção nisso tudo quando ele virou viajante, no ano passado. Acho que foi através das suas crônicas de viagem no blog quixotesemrumo que finalmente me dei conta de que ele havia crescido e agora não apenas era um homem, era também sábio, poeta, corajoso, aventureiro... As vezes eu ficava até meio insegura e pensava: e agora? Como será que é ser mãe de um filho com tantas qualidades? Pois é, mãe e filho se transformam e continuam sendo mãe e filho... Talvez, ao contrário dos tempos de infância, os filhos vão cada vez mais ensinando aos pais. Ensinando tudo: a ser pai, mãe, amigo... e também oferecendo outras formas de enxergar o mundo.
Aí chega também a hora em que os filhos querem a sua própria vida, o seu próprio lugar. Eu preciso dizer que vou sentir muita saudade do Lucas se acordando cedinho e indo cuidar da sua horta, do seu roçado, das suas galinhas. Vou sentir muita saudade da sua ironia carinhosa, da sua chatice, da sua segurança de si... Mas preciso também dizer que estou muito feliz que ele esteja casando com a Marcionília... E eu poderia começar tudo de novo apenas para falar do meu carinho, do meu amor pela Marcionília, mas acho que é suficiente dizer que me sinto tranquila em lhe dar a mão do Lucas em casamento.
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